Negros Pós-Abolição

Negros Pós-Abolição: Atividade de História 9º ano

Explore o tema Negros Pós-Abolição com sua turma do ensino fundamental II. Entenda os desafios enfrentados após a Lei Áurea

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A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, não significou o fim imediato das desigualdades enfrentadas pela população negra no Brasil. Pelo contrário, a ausência de políticas públicas efetivas deixou milhões de pessoas libertas à margem da sociedade. Por isso, estudar os negros pós-abolição é essencial para compreender as estruturas de exclusão que persistem até hoje.

A vida dos negros após a abolição foi marcada por dificuldades de acesso ao trabalho formal, à moradia, à educação e aos serviços públicos. Muitas comunidades negras se organizaram em quilombos, favelas, irmandades e outras formas de resistência e solidariedade coletiva.

Além da resistência cotidiana, os negros foram (e continuam sendo) protagonistas de importantes movimentos sociais e culturais. O samba, o candomblé, o jongo, a capoeira e as escolas de samba são apenas algumas manifestações culturais que nasceram dessas experiências.

Nesta postagem, vamos analisar os desafios enfrentados pelos negros pós-abolição, sua capacidade de resistir e reinventar-se, e propor caminhos pedagógicos para valorizar essa história em sala de aula.

🚫 Exclusão Social e Racismo Estrutural

A abolição não veio acompanhada de um plano de integração social, econômica ou educacional para a população negra. Muitos ex-escravizados continuaram trabalhando nas mesmas terras, em condições precárias, sem direito a propriedade, salário digno ou moradia adequada.

Com o tempo, a marginalização se aprofundou, criando um modelo de sociedade racialmente desigual. A urbanização empurrou os negros para as periferias, e o mito da democracia racial mascarou as violências cotidianas e institucionais sofridas por essa população.

No ambiente escolar, é fundamental trabalhar com dados estatísticos, mapas de desigualdade, trechos de biografias e documentos históricos que revelam essa exclusão. Também é importante estimular o debate sobre o racismo estrutural e seus impactos até os dias atuais.

Propor atividades como rodas de conversa, análise de depoimentos de autores negros e produção de textos opinativos amplia o senso crítico dos estudantes.

Discutir os negros pós-abolição à luz da realidade social permite que os alunos compreendam a história como uma construção de resistências e lutas por dignidade.

🔄 Formas de Resistência Cultural e Religiosa

A religião e a cultura foram, desde sempre, ferramentas fundamentais de resistência da população negra. No período pós-abolição, o candomblé, a umbanda, as congadas e outras práticas foram mantidas e ressignificadas, mesmo sob perseguição e preconceito.

Os terreiros de religião afro-brasileira funcionaram como espaços de acolhimento, transmissão de saberes ancestrais e organização comunitária. A cultura também floresceu nos carnavais, rodas de samba, capoeira e nas festas populares.

A escola pode valorizar essas práticas por meio de atividades interdisciplinares com Artes, Português e História. Uma sugestão é criar uma “Feira das Culturas Afro-Brasileiras”, onde os alunos pesquisam, apresentam e celebram esses patrimônios.

Assistir a documentários e entrevistar membros da comunidade que participam de terreiros ou movimentos culturais é outra forma de aproximar a história dos estudantes.

Essas propostas reforçam a importância da cultura negra na construção da identidade brasileira e ampliam a compreensão dos negros pós-abolição como agentes culturais.

🧳️ Quilombos e Comunidades Tradicionais

Após a abolição, muitas famílias negras fundaram comunidades chamadas quilombos contemporâneos. Elas representam a continuidade dos processos de resistência coletiva e a luta por território, autonomia e memória.

Essas comunidades enfrentam até hoje desafios como a falta de regularização fundiária, discriminação e falta de acesso a políticas públicas. Mesmo assim, mantêm tradições, organização social própria e uma forte identidade cultural.

Em sala, é interessante trabalhar com mapas de localização dos quilombos, depoimentos de líderes comunitários e textos de leis que garantem direitos a essas populações, como o artigo 68 da Constituição Federal.

Propor atividades de leitura, debates e elaboração de cartazes é uma forma de engajar os alunos na temática da justiça social.

Falar sobre os negros pós-abolição é também reconhecer as formas de resistência coletiva que perduram até os dias de hoje.

📖 Atividade para Baixar: Negros Pós-Abolição

Para enriquecer o trabalho em sala de aula, preparamos uma atividade gratuita sobre os Negros Pós-Abolição, voltada para o ensino fundamental II.

A proposta inclui:

  • Linha do tempo da abolição à atualidade;

  • Análise de documentos e fotografias do período;

  • Questionários sobre cultura afro-brasileira;

  • Proposta de produção de texto: “Como seria minha vida em 1888?”;

  • Roda de conversa sobre racismo, resistência e identidade.

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