A regulamentação das profissões é um passo fundamental para garantir os direitos dos trabalhadores e o reconhecimento das funções exercidas por diversas categorias profissionais. No Brasil, o setor do comércio, que emprega milhões de pessoas, também passou por esse processo, e a regulamentação da profissão de comerciário se tornou um marco importante para essa classe trabalhadora. Mas afinal, você sabe quando a profissão de comerciário foi regulamentada no Brasil? Neste post, vamos contar um pouco sobre como essa história se desenrolou e o impacto da Lei nº 11.603/2007, que definiu os direitos dos trabalhadores do comércio.
A História da Profissão de Comerciário no Brasil
A profissão de comerciário no Brasil tem uma longa história marcada por muitos desafios. Durante anos, os trabalhadores do comércio eram vistos como parte de um setor secundário, sem uma legislação específica para garantir seus direitos. A falta de regulamentação levou a condições de trabalho precárias, com jornadas longas, salários baixos e nenhum benefício garantido. No começo, muitos comerciários estavam inseridos em um mercado de trabalho informal, onde suas funções e direitos nem sempre eram reconhecidos ou respeitados.
Com o passar do tempo, os trabalhadores começaram a se unir em busca de melhores condições de trabalho. As lutas por reconhecimento e pela criação de uma legislação própria ganharam força, especialmente nas décadas de 40 e 50. Foi nessa época que o movimento dos comerciários começou a se organizar, buscando uma regulamentação justa para todos os trabalhadores do comércio.
O Comércio no Brasil Antes da Regulamentação
Antes de falarmos sobre quando a profissão de comerciário foi regulamentada no Brasil, é importante entender o contexto histórico da classe dos trabalhadores do comércio no Brasil. Com o crescimento das cidades e a industrialização, o setor de comércio viu seu tamanho aumentar, especialmente nas grandes metrópoles como Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. No entanto, os comerciários, trabalhadores do setor, não tinham os direitos reconhecidos de forma clara.
Durante boa parte do século XX, eles eram tratados como operários comuns, sem garantia de direitos. Trabalhavam em condições precárias, com jornadas muito longas e salários baixos, sem nenhum reconhecimento pela sua função. Diferente de outros setores, como o industrial, os comerciários não tinham uma legislação própria que os amparasse e garantisse condições de trabalho dignas.
As Condições de Trabalho no Comércio

Sem uma regulamentação específica, as condições de trabalho no comércio eram difíceis. Jornadas longas e sem limites claros faziam com que muitos comerciários trabalhassem por mais de 10 horas por dia, sem receber pagamento adicional. O pior é que essas condições eram insalubres e sem qualquer garantia de benefícios como férias, 13º salário ou descanso semanal. Era uma rotina exaustiva e injusta, que gerava muito sofrimento para os trabalhadores.
Além disso, a falta de fiscalização fez com que muitos empregadores abusassem dessa situação, aproveitando-se da ausência de uma legislação clara. Não havia contrato formal, e os trabalhadores eram contratados por salários muito baixos, trabalhando excessivamente e sem qualquer proteção. Com isso, o movimento sindical começou a se fortalecer, e os comerciários passaram a se organizar para lutar por condições de trabalho dignas.
O Movimento Sindical e a Luta por Regulamentação
O movimento sindical foi fundamental para a conquista da regulamentação da profissão de comerciário. Nos anos 40 e 50, com o fortalecimento do movimento operário em todo o país, os comerciários começaram a se organizar em sindicatos e a pressionar o governo por melhores condições de trabalho. A falta de uma legislação que os protegesse tornava as condições de trabalho ainda mais difíceis. Com jornadas de até 12 horas diárias e salários muito abaixo do esperado, o movimento começou a ganhar força, cobrando o reconhecimento da profissão e um tratamento justo para os trabalhadores do comércio.
Com o tempo, o movimento sindical cresceu, tornando-se essencial para a conquista de direitos trabalhistas para a categoria. A luta pela regulamentação da profissão ficou cada vez mais forte, especialmente à medida que o Brasil passava por transformações sociais e políticas nos anos seguintes.
Quando a profissão de comerciário foi regulamentada no Brasil?
A pergunta “quando a profissão de comerciário foi regulamentada no Brasil?” marca um momento crucial na história dos trabalhadores do comércio. Durante décadas, os comerciários enfrentaram jornadas de trabalho exaustivas e condições precárias, sem uma legislação que protegesse seus direitos. Eles estavam à margem das leis trabalhistas, sendo tratados como uma categoria sem reconhecimento formal. Foi a falta de regulamentação que motivou muitos a se unirem em movimentos sindicais e pressionarem o governo por um reconhecimento legal.
A resposta para quando a profissão de comerciário foi regulamentada no Brasil é 2007, quando a Lei nº 11.603/2007 foi sancionada. Essa lei estabeleceu os direitos trabalhistas fundamentais, como a jornada de trabalho de 44 horas semanais, descanso semanal remunerado, férias e 13º salário, além de oficializar as funções e atribuições dos comerciários no setor. A regulamentação finalmente deu legalidade e dignidade ao trabalho dos comerciários, garantindo a proteção dos seus direitos.
Portanto, quando a profissão de comerciário foi regulamentada no Brasil, em 2007, os trabalhadores do comércio conquistaram um marco histórico que significou não apenas o reconhecimento da profissão, mas também a garantia de direitos básicos que antes eram ignorados. A partir dessa data, o setor de comércio passou a contar com uma legislação mais justa, que protege e valoriza os profissionais que movimentam a economia brasileira diariamente.
O Papel do Governo na Regulamentação
Após anos de mobilizações e pressões, o governo finalmente começou a dar ouvidos às reivindicações dos comerciários. Com o fortalecimento das mobilizações e as reivindicações por melhorias nas condições de trabalho, o governo passou a enxergar a necessidade de criar uma legislação específica para os trabalhadores do comércio. Foi um longo caminho até a criação de uma legislação que garantisse os direitos desses trabalhadores, mas, em 2007, essa conquista histórica finalmente aconteceu.
A Lei nº 11.603/2007 sancionada em 2007, regulamentou oficialmente a profissão de comerciário no Brasil, estabelecendo uma série de direitos específicos para a categoria. A regulamentação foi um marco importante para garantir condições de trabalho mais justas e para reconhecer a profissão de comerciário como fundamental para o crescimento econômico do país.
O Marco Legal: Lei nº 11.603/2007

Com a sanção da Lei nº 11.603/2007, a profissão de comerciário passou a ser formalmente reconhecida no Brasil. A partir desse momento, os trabalhadores do comércio passaram a contar com direitos fundamentais, como jornada de trabalho definida, descanso semanal remunerado, férias, 13º salário, entre outros benefícios. A criação dessa regulamentação foi um avanço importante para o setor, garantindo aos comerciários mais dignidade e respeito no ambiente de trabalho.
Essa conquista também ajudou a valorizar a profissão, mostrando o papel essencial dos comerciários na economia do país. A regulamentação proporcionou um ambiente de trabalho mais equilibrado e saudável, trazendo mais segurança para os trabalhadores e para os empregadores.
Os Impactos da Regulamentação para os Comerciários
A regulamentação da profissão de comerciário trouxe grandes mudanças para os trabalhadores do comércio. Antes da Lei nº 11.603/2007, muitos comerciários enfrentavam um mercado de trabalho desorganizado e sem garantias. A criação dessa legislação assegurou direitos essenciais, como a jornada de trabalho de 44 horas semanais, descanso semanal remunerado e 13º salário.
Esses direitos ajudaram a melhorar as condições de trabalho no comércio e a valorização da profissão. Além disso, o reconhecimento formal da profissão permitiu aos comerciários investirem em sua qualificação, o que elevou a competência profissional dentro do setor e abriu mais oportunidades de crescimento.
O Futuro da Profissão de Comerciário no Brasil
A regulamentação da profissão de comerciário foi uma grande conquista, mas ainda há desafios a serem superados. A fiscalização e o cumprimento efetivo das normas precisam ser contínuos, e é importante que sindicatos, empregadores e o governo trabalhem juntos para garantir que os direitos conquistados sejam respeitados de forma justa. O setor comercial está em constante transformação, e a legislação precisa acompanhar essas mudanças para continuar protegendo os comerciários de forma eficaz.
O futuro da profissão de comerciário depende de um esforço contínuo para garantir melhores condições de trabalho e o reconhecimento da importância da categoria na economia brasileira. E, claro, continuar lutando para que os direitos dos trabalhadores do comércio sejam sempre respeitados.
A importância da regulamentação para os comerciários no Brasil
A regulamentação da profissão de comerciário foi um passo fundamental para valorizar os trabalhadores do comércio no Brasil. Com a Lei nº 11.603/2007, os comerciários finalmente ganharam os direitos que mereciam, o que transformou suas condições de trabalho e o reconhecimento de sua função na sociedade. A regulamentação garantiu que os trabalhadores tivessem acesso a benefícios, como férias, 13º salário e descanso semanal remunerado, que antes eram limitados ou inexistiam para essa categoria.
Essa conquista não só melhorou as condições de trabalho, mas também proporcionou uma maior estabilidade e segurança jurídica para os empregadores, ao estabelecer regras claras para as relações de trabalho. Hoje, os comerciários são reconhecidos como profissionais essenciais para o setor de varejo e para a economia do Brasil, e a regulamentação foi um marco que reafirma a importância do trabalho digno em todas as áreas.
Com a regulamentação, o trabalho dos comerciários passou a ser visto com mais respeito e dignidade, e as novas gerações podem entrar nesse mercado com a certeza de que seus direitos serão respeitados. A luta pela regulamentação foi um grande passo, mas o trabalho contínuo de fiscalização e conscientização sobre os direitos dos trabalhadores do comércio continua sendo essencial para que esses avanços se perpetuem e se aprimorem.