Os conteúdos de Mínimo Múltiplo Comum (MMC) e Máximo Divisor Comum (MDC) costumam aparecer no currículo do 6º ao 8º ano. Porém, no 8º ano, é possível avançar no nível de desafio e trabalhar essas ideias de forma aplicada e estratégica, sem cair no ensino mecânico.
É justamente esse o foco da atividade que analisamos hoje. Voltada para o 8º ano, ela propõe uma sequência de questões que estimulam o aluno a aplicar o conhecimento de múltiplos e divisores em diferentes contextos. A seguir, vamos destacar os pontos fortes da proposta e sugerir formas de trabalhar o conteúdo com mais profundidade em sala.
Como a atividade está estruturada?
A atividade conta com oito questões. Algumas exigem cálculos diretos de MMC ou MDC, enquanto outras apresentam situações-problema contextualizadas. Também há itens com múltiplas afirmações e testes de lógica envolvendo fatoração, o que favorece o desenvolvimento de habilidades além da operação em si.
Veja alguns exemplos presentes na atividade:
MMC entre três números inteiros
Questão clássica, usada como ponto de partida para revisar o conceito.Situação de compra em loja de aviamentos
Uma cliente quer comprar a mesma quantidade de prendedores (15 por embalagem) e lacinhos (6 por embalagem). Para isso, o aluno precisa usar o MMC para descobrir quantas embalagens comprar de cada. Uma aplicação direta da matemática no cotidiano.Afirmações com múltiplas proposições
Os alunos devem julgar se é verdadeira, por exemplo, a afirmação de que a soma dos divisores de 110 é 216 ou se o único divisor par de 110 é o número 2. Esse tipo de item exige leitura cuidadosa, conhecimento de divisores e análise lógica — excelente para desenvolver interpretação de enunciados.MMC entre 23, 3n e 7 com resultado dado
Aqui, o aluno é convidado a fazer fatoração reversa e encontrar o valor de “n”. A questão envolve abstração e habilidade com potências e decomposição, o que vai além da aplicação direta de regra.Problema de reaproveitamento de madeira
Uma situação contextualizada onde o aluno deve calcular o maior comprimento possível para cortar tábuas de tamanhos diferentes, sem deixar sobras e respeitando um limite. O conteúdo aqui não é apenas o MDC, mas a sua aplicação para resolver um problema concreto, com uma restrição prática (comprimento menor que 2 metros).
O que essa atividade desenvolve?
Mais do que aplicar fórmulas, a proposta desafia os alunos a fazerem escolhas, interpretarem dados, reconhecerem padrões e estimarem resultados. Isso ajuda a consolidar os seguintes pontos:
Entendimento sólido de múltiplos e divisores
Em vez de decorar o processo de cálculo, os alunos aprendem quando e por que usar MMC ou MDC.Relação entre fatoração e operações com múltiplos/divisores
Em especial nas questões finais, há uma exigência de domínio da fatoração em números primos.Conexão com situações reais
As questões contextualizadas tiram a matemática da abstração e colocam o conteúdo em contextos possíveis e familiares ao aluno.Resolução de problemas com múltiplas etapas
Os exercícios não são resolvidos com um único passo. Eles pedem que o aluno conecte ideias, valide hipóteses e revise seus próprios cálculos.
Como trabalhar essa atividade em sala de aula?
1. Use como avaliação diagnóstica ou formativa
A variedade de questões ajuda a identificar o nível de compreensão da turma. Você pode aplicar a atividade em partes e corrigir coletivamente, discutindo os erros mais comuns.
2. Promova discussões em grupo
Questões como a da madeira ou da loja de aviamentos são perfeitas para resolução em duplas ou trios, permitindo que os alunos debatam suas estratégias.
3. Estimule a justificativa das respostas
Sempre que possível, peça que os alunos expliquem por que escolheram determinada alternativa ou como chegaram à solução. Isso desenvolve argumentação matemática.
4. Reforce o uso da fatoração
Ao revisar os exercícios que envolvem fatoração, aproveite para retomar esse conteúdo com os alunos. Mostre como ele é a base para entender tanto MMC quanto MDC.
5. Diferencie para alunos com mais facilidade
Os estudantes que resolverem a atividade com rapidez podem ser convidados a criar novas questões a partir do mesmo modelo, promovendo autoria e criatividade.
Conclusão
Essa atividade é um excelente exemplo de como conteúdos clássicos como MMC e MDC podem (e devem) ser trabalhados com sentido. Quando o ensino vai além da técnica e passa a explorar contextos e lógica, os alunos não só aprendem — eles entendem para que serve.
No final das contas, é isso que queremos: alunos que saibam aplicar a matemática para resolver problemas da vida real. Com propostas como essa, é possível chegar lá.
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