Falar sobre migrações na região onde vivemos é uma excelente forma de aproximar os conteúdos escolares da realidade dos alunos. Muitas famílias brasileiras têm uma história de deslocamento: vieram de outras cidades, estados ou até países em busca de melhores condições de vida.
A BNCC propõe que o ensino de História e Geografia valorize as experiências locais, permitindo que os estudantes conheçam a origem da sua comunidade e compreendam as transformações ocorridas ao longo do tempo.
Ao estudar as migrações na sua região, os alunos passam a valorizar mais o lugar onde vivem, respeitam a diversidade cultural e entendem os processos sociais e econômicos que influenciam os deslocamentos populacionais.
Neste post, você encontrará orientações de como trabalhar esse tema em sala de aula com empatia, investigação e muita escuta, além de uma atividade para baixar.
🧭 Quem veio de fora? Conhecendo histórias da nossa comunidade
Uma maneira envolvente de iniciar o trabalho com migrações na região onde vivemos é investigar as origens das famílias dos próprios alunos. Muitos deles terão histórias para contar: pais que vieram do interior, avós que migraram de outros estados, vizinhos que vieram de outros países.
O professor pode organizar uma roda de conversa ou uma pesquisa em casa com perguntas como: “De onde sua família veio?”, “Por que decidiram se mudar para cá?”, “Como era o lugar onde moravam antes?”.
Essas respostas podem ser reunidas em um mural com mapas e linhas ligando os locais de origem à cidade atual.
Também é possível convidar moradores mais antigos da comunidade para uma entrevista em sala de aula, compartilhando suas memórias de chegada, dificuldades enfrentadas e mudanças vividas.
Assim, os alunos percebem que a história local é feita de muitas histórias de migração.
📍 Por que as pessoas migram? Motivações locais e regionais
Entender as causas da migração é fundamental. Muitas famílias se mudam por motivos econômicos, para conseguir emprego ou melhores serviços. Outras buscam segurança, moradia, saúde, educação ou proximidade com familiares.
Com os alunos, o professor pode explorar diferentes tipos de migração: rural-urbana, intermunicipal, interestadual e até internacional. Utilizar mapas e gráficos ajuda na visualização dos fluxos migratórios.
Uma atividade possível é a criação de uma linha do tempo com os períodos em que mais famílias chegaram na região. Outra sugestão é construir um gráfico de barras com os estados de origem das famílias da turma.
Discutir como esses movimentos impactam a cidade também é importante: aumento populacional, surgimento de bairros novos, mistura de culturas e costumes.
Assim, o estudo das migrações na região onde vivemos amplia a compreensão sobre o território e as dinâmicas sociais locais.
🎉 O que os migrantes trouxeram para a cidade?
Toda migração traz também elementos culturais: formas de falar, de cozinhar, de se vestir, de celebrar. A cidade que hoje existe é resultado da convivência e da mistura de diferentes modos de vida.
Com os alunos, o professor pode montar um painel com os “sabores e saberes que vieram de fora”: pratos típicos, palavras regionais, músicas, festas e tradições que hoje fazem parte do cotidiano da cidade.
Outra proposta é organizar uma feira cultural com representações das principais culturas presentes na comunidade: nordestina, sulista, indígena, africana, entre outras.
As crianças podem entrevistar parentes e vizinhos para descobrir quais tradições mantêm vivas mesmo depois da migração.
Dessa forma, trabalhar as migrações na região onde vivemos também é valorizar o patrimônio imaterial da comunidade.
🧠 Reflexão crítica: desafios dos migrantes
Embora a migração traga oportunidades, ela também apresenta desafios. Migrar significa começar de novo: procurar emprego, encontrar moradia, adaptar-se a um novo ambiente. Muitas famílias enfrentam dificuldades econômicas, preconceito ou falta de acesso a serviços básicos.
É importante que os alunos desenvolvam empatia por essas vivências. O professor pode propor a leitura de depoimentos reais de migrantes ou encenar situações do cotidiano de quem acabou de chegar a uma nova cidade.
Também pode-se discutir com os alunos como a comunidade pode acolher melhor quem chega: com respeito, ajuda, escuta e solidariedade.
Criar cartazes com mensagens de acolhimento e diversidade é uma ótima forma de colocar em prática o que foi aprendido.
Trabalhar migrações na região onde vivemos é também ensinar sobre cidadania, justiça e inclusão.
Clique no link abaixo e leve para sua sala uma atividade completa e sensível sobre migrações na região onde vivemos, ideal para alunos dos anos iniciais ou finais do ensino fundamental!
Veja também: Atividades de geografia 5º ano do Ensino Fundamental
Migrações na Região Onde Vivemos: Atividade de Geografia 5º ano