Sociedades Africanas e Americanas: Atividade de História 7º ano

Explore as sociedades africanas e americanas antes da chegada dos europeus com sua turma do 7º ano.
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Ao estudar a História das Américas e da África, é fundamental apresentar aos alunos que as sociedades africanas e americanas já eram ricas, organizadas e diversas muito antes da chegada dos europeus. Elas possuíam sistemas políticos, religiosos e econômicos próprios, com formas de vida profundamente enraizadas em seus contextos culturais e territoriais.

Infelizmente, por muito tempo, os livros de história silenciaram essas sociedades ou as apresentaram de forma superficial. A BNCC, por meio da habilidade EF07HI03, convida os professores a valorizar os saberes, as técnicas e as formas de organização social desses povos, promovendo uma nova narrativa que reconhece o protagonismo de africanos e indígenas.

Mostrar aos alunos do 7º ano que havia reinos, cidades, rotas comerciais e conhecimento técnico na África e nas Américas antes do contato com os europeus é uma forma de combater preconceitos históricos e promover respeito à diversidade cultural.

Neste post, você encontrará textos explicativos, propostas didáticas e uma atividade para baixar, com o objetivo de enriquecer o estudo das sociedades africanas e americanas em sala de aula.

Organização Social e Política das Sociedades Africanas

As sociedades africanas pré-coloniais eram diversas e complexas, com estruturas políticas que iam desde pequenos grupos tribais até grandes impérios. Reinos como Gana, Mali, Songhai, Congo e Benim se destacavam por sua administração organizada, comércio ativo e expressiva produção cultural.

O Império do Mali, por exemplo, foi um dos mais poderosos da África Ocidental. Sua capital, Timbuktu, era um importante centro de saber islâmico, com universidades, bibliotecas e mesquitas. Mansa Musa, seu governante mais conhecido, é lembrado até hoje como um dos homens mais ricos da história.

Esses reinos tinham hierarquias bem definidas, com reis ou chefes, conselhos de anciãos, sacerdotes e líderes militares. A transmissão do poder, em muitos casos, seguia critérios familiares ou religiosos. Havia também espaço para negociação e deliberação coletiva.

É importante mostrar aos alunos que a África não era um continente “atrasado” ou “primitivo”, como infelizmente foi retratado por muito tempo. Pelo contrário, essas sociedades demonstravam grande capacidade de adaptação, conhecimento técnico e resistência cultural.

Propor uma atividade de comparação entre as estruturas políticas africanas e as europeias da mesma época ajuda a destacar que a diferença entre as culturas não indica superioridade ou inferioridade — mas sim diversidade de experiências humanas.

 Povos Originários da América: Diversidade e Sabedoria

As sociedades americanas antes da chegada dos europeus também eram marcadas por grande diversidade. Povos como os astecas, maias, incas e centenas de outras nações indígenas organizavam-se de formas diferentes, com culturas riquíssimas e profundo respeito pela natureza.

Os incas, por exemplo, construíram uma das civilizações mais impressionantes da América do Sul, com estradas, agricultura em terraços, uma rede de comunicação com quipus e uma administração centralizada. Já os astecas fundaram Tenochtitlán, uma cidade organizada com canais, mercados e templos monumentais.

Na América do Sul, povos indígenas brasileiros também apresentavam formas organizativas diversas. Algumas tribos eram nômades, outras sedentárias. Tinham líderes, rituais, línguas próprias, práticas agrícolas e sistemas de trocas complexos entre grupos.

Ao estudar esses povos, é importante trabalhar com mapas e imagens para que os alunos entendam onde essas culturas se desenvolveram, quais suas características e como sua história foi apagada ou distorcida após a colonização.

Uma ótima atividade é montar uma “feira cultural dos povos originários da América”, com grupos representando os maias, incas, tupinambás, guaranis e outros, destacando suas contribuições para a história da humanidade.

 Saberes Tradicionais e Técnicas Avançadas

As sociedades africanas e americanas desenvolveram saberes sofisticados em diversas áreas, como agricultura, metalurgia, astronomia, medicina tradicional e construção civil. Esses conhecimentos foram essenciais para a sobrevivência, adaptação ao ambiente e organização das comunidades.

Os africanos dominavam técnicas de fundição de ferro e bronze, como visto nos bronzes do Benim, produzidos com extremo detalhamento artístico. Também desenvolveram práticas agrícolas específicas para os climas das savanas, como o uso de sistemas de irrigação e conservação do solo.

Os povos indígenas das Américas cultivavam uma grande variedade de alimentos, como milho, mandioca, batata, cacau e pimenta. Muitas dessas espécies são a base da alimentação mundial até hoje. Também conheciam técnicas de cultivo em regiões montanhosas e alagadas.

Na área da astronomia, os maias construíram observatórios e calendários precisos. Já os incas organizavam seu império com base em registros contábeis feitos com cordões coloridos chamados quipus. Esses conhecimentos eram transmitidos oralmente ou por símbolos e rituais.

Trabalhar esses temas em sala ajuda a desconstruir a ideia de que apenas as sociedades europeias eram desenvolvidas. Os alunos começam a perceber que o conhecimento humano é diverso, interligado e que muitos saberes tradicionais continuam vivos e relevantes.

Cultura, Religião e Tradições

A vida religiosa e cultural das sociedades africanas e americanas também era diversa e central para a vida social. Os rituais, as festas, os símbolos e os mitos organizavam a vida das comunidades, reforçando valores, identidades e laços de pertencimento.

Na África, a religião era vista como parte do cotidiano. Havia culto aos ancestrais, aos orixás e outras divindades, dependendo da região. Os rituais envolviam danças, cantos, máscaras e cerimônias ligadas à natureza e aos ciclos da vida. Em algumas regiões, o islamismo também era praticado de forma integrada às tradições locais.

Nas Américas, os povos originários tinham forte ligação com os elementos naturais, acreditando que rios, montanhas, animais e o céu estavam repletos de forças espirituais. Os rituais, muitas vezes realizados em espaços sagrados, envolviam cantos, oferendas e pinturas corporais.

Essas expressões culturais não eram apenas religiosas, mas também sociais, políticas e artísticas. A arte dos tecidos africanos, a cerâmica indígena, os desenhos nas cavernas e os corpos pintados expressam formas de conhecimento e organização do mundo.

Uma atividade interessante é propor que os alunos pesquisem um símbolo sagrado de uma dessas culturas, façam sua representação e expliquem seu significado para os colegas. Isso amplia a percepção da riqueza cultural dos povos estudados.

 Atividade para Baixar: Sociedades Africanas e Americanas

Para colocar em prática os conteúdos discutidos nesta postagem, preparamos uma atividade gratuita para o 7º ano, com o tema Sociedades Africanas e Americanas, alinhada à habilidade (EF07HI03) da BNCC.

A proposta inclui:

  • Leitura de textos curtos sobre diferentes povos africanos e americanos;

  • Tabela comparativa sobre formas de organização social;

  • Atividade de interpretação sobre saberes e técnicas tradicionais;

  • Produção de um cartaz sobre uma civilização estudada;

  • Roda de conversa sobre o apagamento histórico e valorização cultural.

Veja também: Atividades de História 7º ano do Ensino Fundamental

 

Sociedades Africanas e Americanas: Atividade de História 7º ano

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