As brincadeiras folclóricas são uma excelente maneira de ensinar sobre o folclore brasileiro de forma prática e divertida. Elas fazem parte das tradições culturais que foram passadas de geração em geração e ajudam as crianças a entenderem melhor as manifestações culturais do Brasil. Incorporar essas brincadeiras no contexto escolar, além de promover a aprendizagem, também proporciona momentos de lazer e socialização.
O folclore brasileiro é riquíssimo em lendas, mitos e personagens, e suas brincadeiras folclóricas são reflexos dessas histórias, com elementos lúdicos que envolvem movimento, música e muita diversão. Neste artigo, vamos sugerir algumas brincadeiras folclóricas para você desenvolver em sala de aula, com explicações detalhadas de como aplicá-las, o tempo necessário e o público ideal. Ao final, você terá uma variedade de atividades para ensinar o folclore de maneira divertida e educativa.
1. Brincadeira do Saci-Pererê
A brincadeira do Saci-Pererê é uma das mais conhecidas do folclore brasileiro, que traz a figura desse personagem travesso que adora pregar peças. Essa atividade ajuda a trabalhar o desenvolvimento motor e a interação entre as crianças, enquanto elas aprendem mais sobre esse famoso personagem.
Objetivo: Trabalhar o desenvolvimento da agilidade e coordenação motora, além de incentivar a compreensão da história do Saci.
Material necessário:
Um “pote” simbólico ou um “gorro vermelho” (se possível, para representar o Saci).
Como realizar:
Preparação: O professor deve explicar para as crianças quem é o Saci-Pererê, contando a história de maneira simples e envolvente, destacando as travessuras do personagem. O professor pode usar o gorro vermelho ou algo simbólico para representar o Saci.
Desenvolvimento: As crianças devem formar um círculo, e uma delas será o “Saci”, que ficará no centro. As demais crianças devem começar a correr ao redor do círculo. Quando o “Saci” gritar “Saci-Pererê!”, as crianças devem parar instantaneamente. O “Saci” tenta pegar quem se mexer ou não parar a tempo.
Variação: Para tornar a brincadeira mais dinâmica, o professor pode colocar obstáculos no caminho, como cadeiras ou cones, que as crianças precisam desviar ao correr, simulando a travessura do Saci.
Tempo: 15 a 20 minutos.
Série: Educação Infantil (4 a 6 anos).
Objetivo pedagógico: Trabalhar a agilidade, o respeito às regras e a socialização entre os alunos, ao mesmo tempo em que se explora o folclore brasileiro.
2. Brincadeira do Curupira
O Curupira é o guardião das florestas e dos animais. Ele é descrito como uma figura com cabelos vermelhos e pés virados para trás. Essa brincadeira tem o objetivo de trabalhar o equilíbrio e a coordenação motora das crianças, enquanto elas aprendem sobre esse importante personagem do folclore.
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora, o equilíbrio e a agilidade.
Material necessário:
Cones ou outros objetos para criar obstáculos.
Como realizar:
Preparação: O professor deve contar a história do Curupira, destacando suas características e sua função como protetor da natureza. Explique para as crianças que o Curupira adora enganar caçadores e que ele possui pés virados para trás.
Desenvolvimento: As crianças devem correr em linha reta e desviar dos obstáculos como se estivessem sendo “perseguidas” pelo Curupira. O objetivo é que as crianças simulem os movimentos de fuga, mas de forma a garantir que, a cada obstáculo, elas precisem se equilibrar de forma precisa.
Variação: A cada volta ou percurso, o professor pode alterar o nível de dificuldade dos obstáculos, como aumentar o número de cones ou fazer com que as crianças tenham que fazer movimentos de equilíbrio, como andar em linha reta, saltar ou agachar.
Tempo: 20 minutos.
Série: Educação Infantil (5 a 6 anos) e 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental.
Objetivo pedagógico: Estimular a atividade física, promover o trabalho em equipe (se feito em grupos) e conscientizar as crianças sobre a importância da preservação da natureza.
3. Brincadeira da Iara (A Sereia das Águas)
A Iara é uma figura mítica, uma sereia que mora nos rios e lagos e é conhecida por sua beleza e poder de hipnotizar os homens com seu canto. Esta brincadeira pode ser muito divertida para trabalhar a música, a dança e a expressão corporal das crianças.
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora, a expressão corporal e o ritmo.
Material necessário:
Música suave ou sons de água.
Espaço amplo para as crianças se moverem livremente.
Como realizar:
Preparação: O professor deve contar a história da Iara para as crianças, explicando como ela encanta os homens com seu canto. O professor pode utilizar uma música suave ou até mesmo sons que remetam à natureza, como o som de água corrente, para criar um ambiente envolvente.
Desenvolvimento: As crianças devem se mover pela sala imitando os movimentos de uma sereia. Elas podem dançar suavemente, balançando os braços, como se estivessem nadando, e devem fazer movimentos fluidos e leves. O professor pode pedir que, de vez em quando, as crianças parem e “ouçam” o “canto da Iara”, em que elas devem ficar em silêncio e em uma posição tranquila.
Variação: Para envolver ainda mais as crianças, o professor pode pedir que elas façam pausas para “encantar” uns aos outros, imitando o poder de sedução da Iara, e convidar as crianças a se espalharem por um espaço maior.
Tempo: 15 a 20 minutos.
Série: Educação Infantil (4 a 6 anos).
Objetivo pedagógico: Estimular a criatividade, a expressão corporal e a interação entre os alunos de uma maneira lúdica e imersiva.
4. Brincadeira da Mula Sem Cabeça
A Mula Sem Cabeça é um ser mítico do folclore brasileiro, conhecida por sua forma de cavalo com fogo saindo da boca e sem cabeça. Esta brincadeira é ideal para trabalhar a parte física, ajudando as crianças a desenvolverem o equilíbrio, a agilidade e a coordenação motora.
Objetivo: Trabalhar a agilidade, o equilíbrio e a interação.
Material necessário:
Espaço amplo para as crianças correrem.
Fitas coloridas ou lenços (opcional).
Como realizar:
Preparação: O professor explica para as crianças a lenda da Mula Sem Cabeça, destacando sua aparência peculiar e o que ela faz durante a noite.
Desenvolvimento: As crianças formam um círculo e devem correr livremente pelo espaço enquanto a música toca (ou o professor faz um som que indique movimento). Quando o professor gritar “Mula Sem Cabeça”, as crianças devem parar imediatamente e se posicionar como se estivessem montando em uma mula (agachando-se ou fazendo a posição de cavalo).
Variação: O professor pode, a cada pausa, mudar a posição que as crianças devem fazer, imitando os movimentos da mula de forma criativa.
Tempo: 15 a 20 minutos.
Série: Educação Infantil (5 a 6 anos) e 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental.
Objetivo pedagógico: Estimular o movimento, o equilíbrio e a coordenação física das crianças.
As brincadeiras folclóricas são uma maneira divertida e educativa de ensinar sobre a rica cultura do Brasil. Elas ajudam as crianças a se conectarem com as histórias e personagens do folclore, enquanto desenvolvem habilidades motoras, sociais e cognitivas. Além disso, essas brincadeiras promovem a inclusão, o respeito às tradições e o aprendizado ativo.
Ao aplicar essas brincadeiras folclóricas em sala de aula, os educadores podem ensinar de forma prática e divertida, tornando o aprendizado do folclore uma experiência rica e inesquecível para os alunos.
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